A tecnologia nativa da nuvem é um facilitador de negócios, diz Jesper Steiness, que acredita que a crise da Covid-19 levará a um progresso tecnológico positivo no mundo financeiro.
Vida após a Covid-19
Um aspecto positivo dessa crise de saúde é que ela permitiu que o mundo inteiro mudasse o futuro para a próxima geração. Muitas empresas agora percebem que a tecnologia possibilita que os funcionários trabalhem remotamente e, mais especificamente, em casa, com pouquíssimas dificuldades, desde que consigam manter os mesmos níveis de segurança oferecidos nas instalações comerciais normais. Em algumas frentes, ainda não chegamos lá; por exemplo, na Suíça, alguns bancos tiveram que reduzir drasticamente suas operações devido à falta de laptops e porque levar os computadores do escritório para casa simplesmente não funcionava. A maioria dos BCP (Business Continuity Planning, Planejamento de Continuidade de Negócios) atuais se concentra em trabalhar em outros prédios de escritórios, e não nas salas de estar dos funcionários. Prevejo que isso mudará drasticamente nos próximos anos, portanto, no futuro, veremos um aumento significativo de funcionários que poderão trabalhar remotamente.
Cultura ágil
A tecnologia é um formidável facilitador de negócios. Cada linha de código deve aliviar os funcionários de tarefas inúteis e criar valor para os clientes. Porém, quando se trata de acompanhar as constantes mudanças atuais, é fundamental promover uma cultura ágil. As instituições financeiras costumavam se concentrar em ciclos de três anos: analisando a situação durante doze meses, planejando tudo durante o ano seguinte e entregando no terceiro ano, quando tudo saía conforme o planejado. Hoje em dia, uma cultura ágil permite reduzir drasticamente esse ciclo. Depois que uma possível melhoria é identificada, essas sugestões são compartilhadas com o provedor de soluções, que trabalhará com os clientes para decidir se implementará ou não as respectivas alterações (ou partes delas). Às vezes, a fase de codificação leva apenas alguns dias, permitindo que os clientes vejam as novas funcionalidades logo em seguida. Isso contrasta fortemente com a situação muito comum em que as multinacionais são forçadas a realizar atualizações tecnológicas puras, custando-lhes milhões de dólares, sem ganhar nenhuma funcionalidade adicional utilizável; o preço pago não faz nada mais do que manter a tecnologia antiga funcionando no mundo atual e toma um tempo valioso dos funcionários já muito ocupados.